5 exercícios para desenvolver a linguagem dos filhos
Você sabia que o acesso à linguagem ocorre antes mesmo do nascimento? “A partir do quinto mês de gestação, a criança já está apta a ouvir a voz da mãe e deve ser estimulada através de conversas, canto, entre outros tipos de intervenção.”, revela a fonoaudióloga Débora Granha, durante a conversa com a redação do blog. Procuramos a profissional especialista no assunto para reunir exercícios eficientes para quem deseja estimular a linguagem dos bebês. Confira, a seguir, uma série de recomendações do que se deve – e do que não se deve – fazer.
Observe as vocalizações do bebê e procure imitá-las
Quando ainda bebês, os pais devem incentivar o balbucio ou vocalizações, que são aqueles sons praticados pelos bebês (agu, mama, dada), ainda sem intenção comunicativa. Devem observar em que momentos os bebês o fazem e quando possível, imitá-los, logo após sua produção. A imitação faz com que haja um reforço do ato acústico-articulatório e auxilia no aprimoramento deste processo.
Brinque com seu filho!
Infelizmente, os tempos atuais nos afastaram das brincadeiras naturais. É através do brincar que a criança descobre o mundo. É através de trocas interacionais entre adultos e crianças que a linguagem deve ser enfatizada. A hora do banho, da refeição, idas ao parquinho, entre outros momentos, devem servir de base para construção do diálogo. As ações devem ser envolvidas por palavras de forma natural; é um ato de brincar.
Procure interpretar as ações e emissões da criança
Mesmo que a criança ainda não se comunique verbalmente, os pais devem dar continuidade a uma situação em que a criança teve a intenção de se comunicar, mesmo que não a compreenda. Como, frequentemente, observamos crianças que puxam a mãe pelo braço e a levam próximo ao bebedor. A mãe deve dizer: “Ah, você quer água? O que você quer? Vamos ver se água está gelada?”, sempre dando chances para que a criança verbalize.
Cante
Cante músicas infantis folclóricas, invente melodias, faça brincadeiras musicais. A criança tem musicalidade e, por ter uma prosódia diferente da fala, a música chama a atenção da criança. Quando a criança ainda é pequena podem ser usados gestos para dar mais significado ao que é cantado. Mas, atenção, tem que usar a voz, não vale colocar o som pra criança ouvir.
Conte histórias
Faça uso das narrativas de histórias infantis. Lembre-se que contar é diferente de ler. O contar envolve a modificação de voz dos personagens, uso de interjeições e exclamações, além da possibilidade de reinventar o conto. A criança deve ser envolvida pela história. E, se, ela já escutou aquela história, melhor ainda, convide-a a participar. Podem ser feitas perguntas, deixando espaço para ela completar a frase. Como no exemplo: “Ai o lobo vai assoprar, assoprar até a casa …..?” (derrubar)