A decisão de colocar o bebê na escola infantil

Vou contar minha experiência pessoal sobre a escolha da escola para o Nicolas.

Eu sempre tive bem claro na minha cabeça que só iria colocá-lo na escola com 2 anos, porque pelo o que aprendi, os primeiros 2 anos do bebê ele não precisa socializar, ele precisa é de carinho e vínculo afetivo. Tenho o privilégio de trabalhar em casa e ter ajuda de uma babá super carinhosa com o Nicolas, então estava tudo perfeito – eu presente no dia a dia dele cuidando com muito amor, ajuda da babá carinhosa e complementava o dia a dia dele com atividades como aula de música para bebê, exploração sensorial, levando-o na brinquedoteca do clube.

Resolvi começar a conhecer as escolas para pesquisar para o ano que vem, quando Nicolas completa 2 anos. Aqui em São Paulo, algumas escolas são bem concorridas a ponto de ter sorteio, então eu pretendia visitar várias escolas durante o segundo semestre deste ano, participar do sorteio das escolas concorridas e ano que vem ele ingressaria. Esse era o plano.

Até que fui na visitar a primeira escolinha da lista. Sem pretensão nenhuma, sem saber nada sobre métodos educacionais. Me encantei. Sabe quando você se sente bem num lugar? Foi assim. Quando eu vi a turma de 1 ano brincando juntos, caí de amores. Eles estavam brincando numa área externa cheia de atividades lúdicas e quadra de areia, depois entraram na classe e fizeram uma roda para a professora contar história. Fiquei encantada. Nessa hora eu pensei “meu filho em casa no colo da babá e essas crianças aqui com essas atividades tão legais“. O que acontece de fato é que no meu prédio não tem muitas outras crianças, a babá sempre descia para a brinquedoteca e ficava com ele sozinho, comecei a achar meio monótono o dia a dia dele – depois de completar 1 ano e andar, eles ficam muito mais ativos. Apesar de eu brincar bastante com ele e levá-lo para atividades, não era todos os dias, afinal também preciso me concentrar e trabalhar.

Não foi pela socialização que resolvi colocá-lo na escolinha – por tudo o que pesquisei, não é um item importante até 2 anos, somente depois. Mas Nicolas está tão apegado à mim, tão grudado, não vai no colo de mais ninguém (a não ser o meu, do pai, babá e ajudante do lar), que achei que seria bom estímulos de outras pessoas para ele ficar um pouco mais independente. Também achei que convivendo com outras pessoas da mesma faixa etária, ele pode vir a desenvolver a fala mais facilmente, comer melhor vendo outros amiguinhos comerem (Nicolas está comendo super bem, mas não come frutas), enfim, achei que é um ambiente que propicia um bom desenvolvimento de várias habilidades diferente do que ele tem em casa neste momento, grudado em mim e na babá.

O que mais gostei na escola visitada foi ter a área externa com bastante verde, classes pequenas com 3 adultas tomando conta de cada turma, o método educacional construtivista e a empatia com a coordenadora pedagógica. É perto da minha casa e acho isso fundamental, para não cansar o bebê no trânsito na ida e volta. Achei o ambiente acolhedor, as professoras carinhosas e principalmente, um ambiente preocupado em ter pessoas felizes.

Saí da escola querendo fazer a matrícula imediatamente, de tão encantada que fiquei. Mas lógico que me segurei e fui conhecer outras escolas para ter base de comparação. Fui em escolas bilíngues, em escolas bem recomendadas etc. Não gostei de muitas delas por diversos motivos. Algumas achei com pouco espaço externo e nada de natureza, outras achei sérias demais, outras não tive empatia com a coordenadora pedagógica. Acho importante visitar várias escolas porque a gente fica mais certa do que quer e principalmente do que não quer. Escolher a escola infantil é muito além de escolher só pela proximidade de casa ou preço da mensalidade. É se identificar com a proposta educacional e com o ambiente. É lá que nossos filhos vão começar a ter noções de cidadania, vão criar os primeiros círculos de amizade e nós também vamos criar um novo círculo de amizade com os outros pais, então é importante amar a decisão da escola escolhida.

Enfim, eu estava buscando escola só para o ano que vem, mas fiquei tão encantada que mudei de ideia e matriculei Nicolas começando agora em Agosto de 2016, com 1 ano e 4 meses. Estou confiante de que vai ser melhor para ele. Também não considero uma mudança tão radical, porque não vai ficar período integral na escola, são apenas 4h. Vai continuar com  aconchego do lar, todo vínculo afetivo que eu puder criar, os cuidados da babá e de todos que o amam. Não tenho medo das doenças que pode adquirir com amiguinhos da escola. Nicolas mamou exclusivo até 6 meses no peito, tem boa imunidade, até agora só ficou gripado uma única vez. Se acontecer de ficar gripado mais vezes por conta do contato com outras crianças, tudo bem, faz parte do desenvolvimento imunológico e avalio isso depois, se acontecer.

Começamos a adaptação na escolinha. Não vai ser fácil porque Nicolas ainda é muito grudado, mas isso é assunto para um próximo capítulo. O importante é que eu já sinto a escolinha como extensão da minha casa.

(Não vou comentar qual a escolinha do Nicolas por questão de segurança. Não é recomendando para ninguém comentar na internet onde os filhos estudam) – A foto do início do post é nossa ida ao primeiro dia de aula.

 

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