Cabeça do bebê achatada | Plagiocefalia posicional e Braquicefalia

Não vai ter texto melodramático porque por aqui a gente prefere ver pelo lado positivo!

Desde o primeiro mês, Oliver sempre ficou deitado com a cabeça virada para o mesmo lado. O pai notou que a cabeça estava ficando achatada de um lado. Para ser sincera, eu nunca percebi nada. Sempre achei Oliver lindo, então não via nenhum “defeito”.

Lógico que a gente tentava mudar a posição da cabeça. Nós colocamos apoio para forçar virar para o outro lado. Mas era realmente uma posição viciada. Algumas pessoas me alertaram que a cabeça dele estava muito achatada e seria bom investigar. Porém, mesmo o pai, que havia notado desde o começo, achou um exagero!

Mas, é claro, vocês sabem como é coração de mãe. Marquei a consulta na clínica especializada. Assim, poderia responder todo mundo que eu já havia investigado e, sim, estava tudo normal. Afinal, é mesmo normal ter diferença de um lado para outro da cabeça. Porque não somos perfeitamente simétricos!

Enfim, na consulta é feita o scaneamento tridimensional a laser e a conclusão é baseado em números, não em “achismo”. No caso do Oliver, fizemos o exame e o resultado foi uma achatamento já severo. Ele tem o lado esquerdo bem achatado atrás.

O tratamento para corrigir o formato da cabecinha é usar esse capacete, que age com uma contraposição de forças. É um apoio nas áreas proeminentes, que contém o crescimento nessas e deixa as áreas achatadas livres para crescerem, direcionando o próprio crescimento do crânio do bebê.

É uma questão estética (e um pouco funcional, pois pode causar mordida cruzada por exemplo). Nada neurológico, mas se posso corrigir agora, por que eu não faria isso pelo meu filho?

Esse tratamento somente pode ser feito entre 3 e 18 meses do bebê. No caso do Oliver, a previsão é que dure quatro meses. O tratamento é relativamente novo no Brasil – o “capacete” é importado, portanto, antes quem tinha cabeça achatada ficava assim para o resto da vida.

Para vocês terem ideia, é normal a cabeça ter até 3% de diferença de um lado para o outro. No Oliver, já estava com 11%. Um dos lados de trás da cabeça está bem amassado e esse mesmo lado na frente, na testa, está bem para frente. Isso pode até causar desalinhamento das orelhas, da testa e do rosto.

Por isso, eu preferi já ir direto para o tratamento do uso do capacete por ser mais eficaz, principalmente agora que ele tem apenas 6 meses. Quanto antes começar, mais rápido de corrigir. Fisioterapia não era uma opção para mim (é um opção para casos de torcicolo congênito, o que não é o caso). E, por escolha pessoal e por já estar num nível severo, preferi não testar o caminho da osteopatia.

Me perguntaram muito sobre qual especialidade médica levar o bebê neste caso. Não é uma especialidade médica e sim uma clínica especialista no tratamento. Digite no google “clínica assimetria craniana” que aparece… não escrevo aqui para não parecer publicidade.

Também existe a opção de tentar o tratamento pela AACD por um custo mais razoável, ou com essa clínica especialista (por um custo de astronauta, mas estou tentando reembolso no plano de saúde). Se você tem dúvidas, veja esse passo a passo de como avaliar inicialmente em casa clicando neste site.

Acho importante dizer que o tratamento foi baseado no scaneamento da cabeça a laser e, portanto, em números, não em achismo. Pediatras não tem como fazer essa avaliação com precisão. Se você acha que o formato da cabeça está diferente, vale a pena fazer a consulta com a clínica especialista, que foi o que eu fiz. Se a diferença for pequena, não será necessário o uso do capacete, pode corrigir naturalmente ou com fisio.

Estamos aqui, brincando de astronautas, com amor sobrando em todos planetas.

Relações profissionais

Fotos: Rejane Wolff

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