Dicas de viagens com bebês

Quando Nicolas tinha uns 3 meses, uma amiga mandou um whatsapp falando que iria passar o feriado em Gramado, se eu não queria ir junto com a família. Respondi que não, que estava aguardando Nicolas ter uns 6 meses para viajar. Ela me respondeu que é uma delícia viajar com o bebê menor de 6 meses, que só mama no peito, que não precisamos nos preocupar com comidinhas saudáveis para bebê na viagem, afinal qualquer sinal de fome, é só dar o peite – muito mais fácil. Desde que ouvi esse comentário, me deu um “desespero” de viajar com Nicolas. Ele já tinha 3 meses, já tinha vacinas em dia, eu queria aproveitar minha licença maternidade e começar a apresentar o mundo para ele – sabia que seria bom para o desenvolvimento dele e para os momentos inesquecíveis em família. E assim, num espaço de 1 mês e meio, fizemos 4 viagens. rs! Bom, foram viagens curtas, mas cada uma muito especial. Algumas leitoras pediram algumas dicas, então resumi aqui alguns comentários – lembrando que minha experiência é apenas de viajar com bebê de menos de 6 meses que mama exclusivamente no peito.

A escolha do destino

– Escolha destinos “descomplicados”. Viagens em cidades grandes, nas quais você vai ter que andar de carro/ metro/ ônibus para lá e para cá, procurar restaurantes, bater perna, acho muito mais complicado. Todas as minhas viagens giraram em torno do hotel, ou seja, ficar no hotel, ter um hotel com boa estrutura para nosso conforto. Por “ficar no hotel” quero dizer resorts nos quais você vai para aproveitar a estrutura do resort de praia, piscina, restaurantes sem ter que se preocupar com mais nada. Nossa primeira viagem foi para o Tivoli Praia do Forte, depois para o Grande Hotel Senac Campos de Jordão, Txai Resort e por último o Hotel Fazenda Vira Vira no Chile. Este último, não ficávamos o dia inteiro no hotel e sim fazendo passeios – mas passeios organizados pelo hotel, com o carro, guia, lanchinho, tudo pensado por eles.

– Se estiver se sentindo insegura em relação ao comportamento do bebê durante a viagem, escolha para primeira viagem uma curta duração, como um fim de semana ou feriado prolongado, para fazer um “teste”. Você vai se sentir melhor e passar essa segurança para o bebê. (todas as minhas viagens variaram entre 3 e 5 dias, assim não ficava muito cansativo pra ninguém).

– A maioria dos hotéis, principalmente os focados em famílias como resorts, têm estrutura para bebê: bercinho e banheira de bebê. Estive em hotéis que tinham penico, cabide para bebê, toalha de bebê, sabonete líquido de bebê, carrinho de bebê. Escolha o hotel que deseja ir, ligue na central de reservas e pergunte quais itens eles oferecem para bebês, simples assim!

– Caso o hotel ofereça o translado entre o aeroporto e hotel, solicite a cadeirinha do bebê para o carro. Todos os hotéis em que estive havia a cadeirinha no carro do translado, é um item muito importante (e obrigatório) de segurança.

– Também não recomendo ir para lugares muito isolados, sem nenhuma estrutura de saúde ou hospital num raio de menos de 1 hora de distância. Pode ser insegurança minha, mãe de primeira viagem, mas um pouco de precaução sempre é bom.

No avião

– Aprendi que o ritmo de viajar com bebê é mais devagar, então programe-se para sair de casa bem antes do horário. Pode ser que bem na hora de sair de casa ele queira mamar, faça cocô, enfim, isso pode te atrasar. Programe-se com folga de tempo.

– Bebês menores de 2 anos viajam no colo dos pais. Nas companhias aéreas que viajei, não foi possível fazer o check-in online – tive que fazer presencialmente no aeroporto. Aproveite a vantagem da fila de prioridade para crianças de colo. Pergunte sempre se há disponibilidade na primeira fileira, onde tem maior espaço para as pernas. Eu sempre prefiro o assento da janela para mim e meu marido no meio, assim mesmo que sente outra pessoa na nossa fileira (no assento do corredor), me sinto com mais privacidade de amamentar estando na janelinha.

– Como meu bebê mama no peito, sempre programei de usar uma roupa no avião que fosse fácil de abrir e fechar. Tenho uma blusa com botões de pressão na altura dos peitos, adoro usá-la para amamentar porque é fácil de abrir, expor o seio, sem precisar ficar com a barriga descoberta (blusas normais temos que levantar, fica incomodo na minha opinião). Para não ficar com meu seio exposto no avião, sempre levo uma capa de amamentação que é ótima, ela cria uma privacidade para você amamentar o bebê em qualquer lugar. Tem para vender no site da Simple Wishes.

– Os médicos recomendam amamentar na decolagem e no pouso, pois o movimento de sucção do bebê ajuda-o a não sentir pressão no ouvido. Eu sempre fiz isso, Nicolas nunca chorou. É bom também ter a chupeta por perto, pois se o bebê não quiser mamar, a chupeta ajuda no movimento de sucção. Um dos pediatras que fomos indicou, se o bebê estiver chorando por mais de 15 minutos, dar o Tylenol pois ele pode estar com o desconforto da dor no ouvido. Como Nicolas nunca chorou, nunca precisar usar esta dica.

– Leve na mão a bolsa de fraldas com todos os itens que seu bebê pode precisar, incluindo umas 3 opções de brinquedinhos/ mordedores para entrete-lo durante o voo.

– O carrinho de bebê geralmente é despachado na porta do avião. Durante o check-in vão colocar uma tag de identificação do seu carrinho para isso. Nós usamos nas últimas duas viagens o carrinho Yoyo BabyZen, que é bem compacto e tem as medidas permitidas para ser levado dentro do avião. O problema é que o pessoal de aeroporto do Brasil ainda não conhece esse carrinho e para todos a gente tinha que ficar justificando e mostrando toda hora que o carrinho estava nas medidas para não precisar ser despachado (ou seja, nas medidas que cabe no compartilhamento de bagagem dentro do avião). Haviam pessoas com malas de mã0 maiores que nosso carrinho, mas só por ser um carrinho eles acham que tem que ser despachado (nunca despachamos, sempre conseguimos convencer que o carrinho era menor do que a mala dos outros viajantes).

Veja também na nossa página de downloads o checklist da mala do bebê para viagens!