Infecção urinária na gestação: Atenção!

Por: Dra. Camila Takase

Infecção urinária é muito comum em grávidas. Algumas modificações que acontecem no organismo da gestante provocam uma maior propensão à proliferação de bactérias na sua urina. Dentre elas podemos citar a baixa imunidade, presença de glicose na urina e a dilatação do sistema urinário ocasionado pela ação da progesterona (hormônio da gravidez).

Por isso as futuras mamães devem estar atentas para os sintomas mais comuns.

Aumento da frequência, ardor ao urinar, mudanças na cor e odor da urina ou dor ao final da micção são sintomas característicos de infecção urinária leve. Quando esses sintomas vêm acompanhados de febre, vômitos ou dor lombar, temos que pensar em um quadro mais grave de infecção, onde os rins podem ser afetados (pielonefrite).

Nos casos mais leves de infecção urinária, tratamento com antibióticos específicos deve ser prescrito, não havendo geralmente necessidade de internação. A gestante sempre deve ser orientada a colher uma nova cultura da urina após o tratamento, para avaliar se ele foi realmente eficaz.

Nos casos graves, a internação torna-se necessária para administração de antibióticos endovenosos e monitoração de mãe e bebê. Quando não tratada corretamente, pode ocasionar inúmeras complicações como abortamentos, trabalho de parto prematuro e em alguns casos até o óbito da mãe (quando a infecção “se espalha” por todo o organismo, chamado septicemia).

Um acompanhamento pré-natal adequado é fundamental para se evitar complicações. A cada 3 meses a gestante deve realizar um exame de urocultura para avaliar a presença de bactérias na urina. Caso o resultado venha positivo, mesmo não havendo nenhum sintoma característico de infecção urinária associado, medicação antibiótica deverá ser prescrita.

Existem algumas recomendações que a gestante deve seguir para tentar prevenir a recorrência das infecções urinárias. A principal delas é ingerir bastante líquido (1 a 2 litros por dia)! Outra é ir ao banheiro com frequência, e realizar higiene adequada da região genital, principalmente após as relações sexuais. Prevenir é sempre melhor do que remediar!

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